As fotografias deste blog são de minha autoria. All images © Miguel Duarte. All use, reproduction and publication rights reserved worldwide.
quinta-feira, 2 de junho de 2011
Venus do Nilo
A Vênus de Milo (português brasileiro) ou Vénus de Milo (português europeu) é uma famosa estátua grega. Ela representa a deusa grega Afrodite, do amor sexual e beleza física, tendo ficado no entanto mais conhecida pelo seu nome romano, Vénus. É uma escultura em mármore com 203 cm de altura, que data de cerca de 130 a.C., e que se pensa ser obra de Alexandros de Antióquia.
Em 1820 a escultura foi encontrada na ilha de Milos (ou Milo), no Mar Egeu, por um camponês chamado Yorgos Kentrotas. Poucos dias depois o camponês encontrou-se com oficiais franceses, Jules Dumont d'Urville e Matterer, que estavam explorando a ilha, e ofereceu a escultura por baixo preço. A Vênus estava quebrada ao meio, mas ainda possuía os braços. As mãos, danificadas, também estavam separadas do corpo. Fazia parte da obra ainda um plinto com inscrições. Identificando a escultura como a Vênus vencedora do concurso de beleza julgado por Páris, e reconhecendo sua importância como obra-prima, d'Urville desejou levá-la imediatamente para seu navio, mas seu capitão, alegando falta de espaço a bordo, recusou-se a atendê-lo.
Chegando em Constantinopla, d'Urville descreveu o achado ao embaixador francês, o Marquês de Rivière, que enviou um representante para comprá-la para a França. Neste ínterim, o camponês Yorgos achou que os franceses tardavam demais, e pressionado por um sacerdote local, ofereceu a peça para ele. Quando a escultura estava sendo embarcada para a Turquia, onde seria oferecida a um tradutor da corte de Constantinopla, os franceses chegaram, e persuadiram os locais para que mantivessem o acordo de compra anterior. Durante sua transferência para o barco a escultura foi arrastada através de pedras e danificou-se, perdendo o que restava dos braços, e os marinheiros se recusaram a voltar atrás para recuperá-los.
Chegando por fim a Paris, a estátua foi remontada, mas os fragmentos remanescentes dos braços e das mãos, considerados restaurações posteriores por causa de seu acabamento inferior, foram descartados. Contudo hoje se sabe que as estátuas gregas muitas vezes não recebiam acabamento por igual em todas as partes, e um polimento mais fino era reservado às partes que ficavam mais visíveis.
A obra havia sido anunciada na França como sendo de Praxiteles, um dos grandes criadores do classicismo grego, e o plinto com as inscrições de início foi considerado parte integral do conjunto. Mas depois de ser traduzido e datado, revelou a autoria de Alexandros de Antióquia, causando embaraço aos peritos que a haviam atribuído a Praxíteles, os quais imediatamente passaram a considerá-lo também um acréscimo posterior. O plinto misteriosamente desapareceu pouco antes de a estátua ser oferecida ao rei Luís XVIII da França, em 1821, sobrevivendo apenas em uma descrição e em dois desenhos da época, que permitiram a atribuição correta atual. O rei eventualmente presenteou-a ao museu do Louvre em Paris, onde está agora.
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
Sem comentários:
Enviar um comentário